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Três Lagoas é destaque em prêmio de alfabetização e Água Clara tem melhor escola - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Três Lagoas é destaque em prêmio de alfabetização e Água Clara tem melhor escola - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

O programa MS Alfabetiza premiou com R$ 80 mil as 30 escolas com melhores práticas de alfabetização Por Lucas Mamédio e Fernanda Palheta - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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Três Lagoas, a 326 km de Campo Grande, foi destaque na cerimônia de premiação do programa “MS Alfabetiza”, realizado nesta segunda-feira (1º), que ranqueia as 30 escolas de Mato Grosso do Sul com as melhores práticas de aprendizagem e alfabetização. Além disso o programa auxiliar alunos a terem o domínio das competências de leitura e escrita adequados à idade e ao nível de escolarização.

O critério utilizado para aferir o desempenho das escolas é o Índice de Desenvolvimento da Aprendizagem de Mato Grosso do Sul (IDAMS), que é resultado das avaliações previstas no Sistema de Avaliação da Educação Básica de Mato Grosso do Sul. 

Os primeiros colocados são contemplados com aporte adicional de R$ 80 mil cada feito pelo governo. A principal cidade da região leste do estado teve sete escolas entre as 30 com melhores índices, todas municipais.

A secretária de Educação de Três Lagoas, Angela Brito, comemorou o destaque, mas fez um alerta para o trabalho persistir. “Não podemos nos contentar com índices de 60 ou 70% de alfabetização, porque isso significa que 30% ou 40% não são alfabetizadas”. 

A escola que ficou em primeiro lugar não é de Três Lagoas, mas é do lado, Água Clara. A Escola Municipal Isolino Candido Dias recebeu a maior nota no IDAMS, sendo a única com pontuação acima de 15.

O governador, Eduardo Riedel (PSDB), destacou que não adianta o estado ter desenvolvimento econômico, mas com índices educacionais baixos. “Não adianta imaginar um estado que cresce 6%, mas tem crianças que não sabem ler. É preciso combater de frente a evasão escolar”. 

Riedel também fez questão de destacar que as escolas com baixos índices não serão deixadas de lado. “Não vai ter responsabilização dessas escolas, que também vão receber aporte do governo. Terão apoio irrestrito nosso”.

Além das cidades, a cerimônia destacou a atuação de quatro prefeitos que tiveram desempenho acima média em suas gestões. São eles: Edson Cassuci (PDT) de Angélica, Valdomiro Sobrinho (PSDB) de Mundo Novo, Valdir Sartori de Deodápolis e Zenaide Silva (MDB) de Laguna Carapã. 

O secretário estadual de Educação, Hélio Queiroz Daher, disse que o programa cria engajamento das escolas. “Esse prêmio encerra um ciclo e a importância é o engajamento que cria. A vontade de melhorar das escolas". 

Outro ponto destacado por ele é mais simbólico. Ele conta que em toda sua trajetória na educação, sempre esteve em auditórios vazios quando o assunto era educação, mas que no evento desta segunda-feira, foi diferente.

“Trabalho com educação há 30 anos e nunca vi um auditório cheio para educação. Com presença de tantas autoridades. Enquanto a gente está aqui, premiando, vale destacar que tem um professor em sala de aula trabalhando”.

A percepção do prestígio à educação também foi destacada pelo deputado estadual, Paulo Duarte (PSB). “A gente vê entrega de obra cheia de autoridade, mas quando se fala de educação é sempre pouca gente no auditório. Hoje está diferente”.

Ele também fala que o reconhecimento da identidade cultural de Mato Grosso do Sul só vai se dar pela educação. “Aquilo que gente busca toda vez que alguém de fora erra do nome do estado e esquece o “do Sul”, só vai se consolidar com educação, que é nossa identidade".

O senador da República, Nelsinho Trad (PSD), também na cerimônia, lembrou do desafio da educação na pandemia. Vale lembrar que a primeira edição do MS Alfabetiza foi realizada em 2021, quando autoridades ainda tentavam medindo os impactos da pandemia.

“É preciso dar atenção ao desafio na pandemia para manter o ensino. Não imagino o impacto disso na vida dos professores e como eles deram conta e avançaram com ensino”.

A ministra do Desenvolvimento, Simone Tebet (MDB), que já foi prefeita de Três Lagoas e tem atuação política ativa na cidade, fez uma relação direta entre miséria e falta de educação. “A miséria no Brasil tem nome e sobrenome, e isso chama falta de investimento em educação”.

Sobre o desempenho de Três Lagoas ela disse que a cidade “teve várias gestões é um município que sempre investimento em educação. Desde a minha gestão, há 20 anos, até agora. Isso mostra que são muitos anos se preocupando com educação, por isso os bons resultados”. 

Meta de Riedel - Durante a cerimônia de premiação às escolas destaque no programa “MS Alfabetiza”, realizada na tarde desta segunda-feira (1º), o governador Eduardo Riedel (PSDB) aceitou o desafio de tornar Mato Grosso do Sul o primeiro estado do Brasil a cumprir a meta do "Compromisso Nacional Criança Alfabetizada".

O objetivo do Governo Federal é alcançar, até 2030, o índice de 80% das crianças alfabetizadas na idade certa - ou seja, até o fim do segundo ano do Ensino Fundamental. O desafio foi proposto pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que participou da solenidade.

“Quero lançar um desafio para que Mato Grosso do Sul seja o primeiro estado a alcançar essa meta de 80% das crianças alfabetizadas na idade certa. Vocês topam o desafio, governador?”, provocou a ministra.

 

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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