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Sem água, comunidade agrícola criada há 7 anos depende de riacho ‘comunitário’

Sem água, comunidade agrícola criada há 7 anos depende de riacho ‘comunitário’

O Prefeito João Alfredo (PSOL), disse ao Midiamax que a denúncia é improcedente

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Lançada em 2017, a Comunidade Novo , localizada a 25 quilômetros de Ribas do Rio Pardo, até hoje espera pela implantação de água no assentamento. Diante do  de calamidade, a presidente do grupo procurou o Midiamax para denunciar a situação.

Segundo Rosilda dos Santos, “verbas foram destinadas para colocar água no assentamento há um ano, mas o prefeito até hoje não colocou”. “Há mais de seis meses ele fala que está para licitação e nunca sai disso”, disse inconformada.

“Somos de um planejamento do governo federal do crédito fundiário e, quando tivemos as reuniões, junto com funcionários da , foi prometido que aquele que se enquadrasse no programa iria receber os lote com água, luz, acesso a R$ 20 mil de ajuda de custo, além de mudas frutíferas, quatro vacas leiteira e existência técnica, mas nada disso aconteceu”, listou.

Conforme fotos e vídeos encaminhados pela leitora, para poder lavar roupas e fazer tarefas rotineiras, os moradores precisam ir até um pequeno rio que corta o assentamento. Para encher a caixa d’água utilizada de maneira comunitária, é necessário esperar pela água da chuva.

Questionado pela equipe de reportagem do Midiamax, o prefeito do município, João Alfredo (PSOL), disse que a denúncia é improcedente e a água foi um compromisso firmado pela Agraer na época em que o assentamento foi entregue.

Contudo, assegurou que trâmites burocráticos estão sendo cumpridos para que o executivo municipal possa levar o serviço à comunidade. “Licitamos inicialmente – ainda em 2023 – e o ganhador da licitação não apresentou as certidões negativas. Estamos, agora, desenvolvimento um novo projeto para colocar 58 poços individuais e está em fase de projeto na empresa Engeluga, que presta serviços para a prefeitura”, afirmou.

Segundo ele, os recursos estão “provisionado e aguardando a nova licitação. Não é nossa obrigação, mas vamos fazer. E a licitação deve ocorrer nas próximas semanas, aguardando somente o projeto”, enfatizou.

Com isso, a reportagem entrou em contato com a Agraer para saber mais sobre o caso e entender se medidas serão tomadas.

Em Nota, a Agraer esclareceu que “no caso do acesso à água, a Agraer reuniu-se com a presidente da Associação de Moradores do Novo Modelo, Rosilda dos Santos; beneficiários e representantes do município no dia 19 de junho de 2023, quando ficou decidido que o município assumiria a resolução dos problemas em questão”.

“Ressaltamos que já existem dois poços perfurados e regularizados no assentamento, faltando apenas a ligação destes com os lotes. A Agraer tem prestado todo o auxílio ao município de Ribas do Rio Pardo no tocante ao serviço, tendo inclusive entregue em mãos as documentações solicitadas”.

Posse de escrituras

A entrega dos contratos de posse às famílias foi feita no dia 19 de junho de 2017. O repasse dos lotes foi feito pela divisão territorial da fazenda Marcussi. O valor da propriedade é de R$ 3,2 milhões.

As terras do antigo latifúndio foram compradas por 29 famílias de agricultores familiares, da Associação Novo Modelo I, e 29 famílias de agricultores familiares da Associação Novo Modelo II.

Os 402,55 hectares de terras foram desmembrados entre as 58 famílias, sendo que cada uma recebeu o equivalente a 6,94 hectares para desenvolver atividades agrícolas a fim de gerar renda e desenvolvimento. 

 

Midiamax 

 

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