A audiência pública realizada na quarta-feira (30) na Câmara Municipal de Campo Grande abordou os inúmeros acidentes e a necessidade de duplicação da BR-262. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trecho entre a capital de Mato Grosso do Sul e Ribas do Rio Pardo é considerado o mais perigoso.

Nos primeiros oito meses de 2023, segundo a PRF, ocorreram 118 acidentes na BR-262, resultando em 141 feridos e 13 mortes. No ano anterior, foram registrados 103 acidentes.

Rafael Verão, inspetor da PRF, observa que o aumento no fluxo de veículos é um fator contribuinte para o aumento dos acidentes.

Conforme informações adicionais da PRF, o trecho mais perigoso está localizado entre Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. No ano anterior, no quilômetro 92, 55% dos acidentes ocorreram, representando mais da metade de todos os acidentes registrados na BR.

Em relação à duplicação da BR-262, o projeto ainda não foi iniciado. Alan Nunes Ferreira, chefe de serviços operacionais rodoviários do Dnit-MS (Departamento Nacional de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul), informa que já foi solicitada a transferência de competência para que o Departamento no estado assuma a responsabilidade pela elaboração dos projetos, visando agilizar o processo em vez de mantê-lo centralizado em Brasília.

A previsão é que a duplicação seja dividida em cinco seções entre Campo Grande e Três Lagoas, além de duas seções ligando Campo Grande a Aquidauana. "No que concerne ao Dnit de Mato Grosso do Sul, estamos trabalhando para iniciar a fase de estudos visando a licitação da obra", declara Ferreira.

Toda a documentação e atas formalizadas serão compiladas e enviadas aos deputados federais, senadores, ao Governo do Estado e, por último, ao Governo Federal, buscando o investimento necessário.